março 29, 2024

Nos seis primeiros meses de 2019, a central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) recebeu aproximadamente dois mil trotes em Natal. As ligações prejudicam a assistência aos pacientes que realmente precisam dos profissionais do Samu.

O que pode parecer uma brincadeira inocente de minutos para alguns, para os funcionários do serviço representam danos graves para alguém que tem uma demanda verdadeira de urgência. Por mês são 333 trotes recebidos, o que dá uma média de 11 diários.

“Isso [trote] gasta aproximadamente de um minuto e meio a três minutos no atendimento, coisa que poderia estar sendo utilizado para atender realmente uma ocorrência pertinente”, explica o coordenador-geral do Samu Natal, Cláudio Macedo.

Com cerca de 300 profissionais envolvidos nos seus atendimentos, o Samu conta com um protocolo para receber essas ligações, que são passadas, se necessário, do primeiro atendimento com a telefonista auxiliar de regulação médica para um médico de plantão.

Para se ter ideia dos danos causados por uma falsa ligação, em alguns casos o trote chefa ao extremo de fazer com que uma ambulância seja deslocada à emergência fictícia, o que gera transtornos financeiros e também para as equipes, que poderiam estar atendendo outras demandas.

O trote é crime tipificado no artigo 266 do Código Penal Brasileiro, cuja pena vai desde o pagamento de multa à detenção, e pode ter as penalidades duplicadas em situações de calamidade pública.

OP9

 

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