outubro, 2022 - Informativo Atitude

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Para Flávio Conde, analista de ações da Levante Ideias de Investimentos, com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) eleito, o mercado deve cair 5% na segunda-feira (31). Os papéis mais sensíveis aos riscos políticos, como Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3), devem terminar o primeiro pregão pós eleições em queda de cerca de 5%. Contudo, ao longo do dia, os ativos podem derreter até 10% no pior momento.

“O dólar deve subir e ir até R$ 5,50 ou 5,60. Isso tudo deve acontecer neste primeiro pregão após o 2° turno”, afirma Conde. “Essa reação é por conta da indefinição de qual vai ser o Lula de 2023.”

Vale lembrar que até o momento o presidente eleito não anunciou os integrantes da sua equipe ou quem será o próximo ministro da Economia. A incerteza deve pesar sobre o Ibovespa, com os investidores temendo que o líder do PT siga uma cartilha parecida com a da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Isto é, com forte intervenção nas estatais.

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) foram do entusiasmo ao choro na Esplanada dos Ministérios na noite deste domingo (30/10). Em ato para acompanhar a apuração, os manifestantes viram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser reeleito e muitos acusaram o pleito de ser fraudado.

O movimento teve início no começo da tarde e começou a ganhar corpo por volta de 18h. Quando o petista passou Bolsonaro na parcial dos resultados. Nesse instante, o clima foi de desânimo. O trio elétrico chegou a tocar músicas que chamavam mulheres da esquerda de cadela, para animar os presentes.

Em seguida, começou uma onda de orações. Às 19h40, com 98% das urnas apuradas, houve revolta. “Não pensem que vamos aceitar uma eleição fraudulenta às custas de fake news e interferência do judiciário”, disse uma mulher no trio.

Quem estava rezando em cima do carro de som também pediu oração para que “Deus entre com intervenção no TSE”. Blogueiros em meio ao público fizeram lives com ataques ao Tribunal Superior Eleitoral e à imprensa.

No carro de som, os locutores pediram para que os militantes não fossem embora até o pronunciamento oficial de Bolsonaro.

Metropoles

O perfil no Instagram Plantão Policial divulgou imagens de pessoas atirando para cima para comemorar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Natal e Grande Natal. Os vídeos estão acima:

“É Lula, meu véi. Tropa do doido, tá ligado”, dá para ouvir em um dos vídeos.

Apesar das imagens estarem viralizando nas redes sociais, não há confirmação de que foram feitas no RN e que são, realmente, de integrantes de facção criminosa apoiadora do ex-presidente.

Uma mulher ainda não identificada foi baleada durante a festa de comemoração da vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na presidência da República. Imagens mostram a troca de tiros logo após uma briga generalizada no meio da multidão. Em seguida, imagens de uma mulher no chão. Ela teria sido baleada no olho. 

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pode enfrentar dificuldades de governabilidade com o Congresso Nacional eleito para tomar posse em 1º de fevereiro de 2023. A maioria dos 512 deputados federais e dos 27 (do total de 81) senadores eleitos está politicamente alinhada ao centro e à direita.

O PL, partido do atual presidente, Jair Bolsonaro, elegeu a maior bancada tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado. A sigla deve ter 99 deputados federais e 13 senadores a partir do ano que vem.

O advogado e analista político Isaac Simas avalia que, apesar de o Congresso “permanecer, em essência, fisiológico, temos um contingente muito maior de parlamentares que se elegeram ou se consolidaram no bolsonarismo. Diferentemente do ‘centrão’ original, esses congressistas com posicionamento político definido (efetivamente de direita) não irão aderir a pautas governistas facilmente”.

“O PT, pela primeira vez, irá conhecer uma oposição de verdade, que será infinitamente mais atuante do que o PSDB foi nos governos Lula e Dilma. Apesar disso, acredito que os membros mais neutros e históricos do ‘centrão’ irão ceder e compor o governo, como fazem desde o início da redemocratização”, afirma o pesquisador.

“Ao final, teremos uma dificuldade maior na governabilidade, principalmente por conta da polarização existente, que impedirá essa composição inicial.” Simas diz, entretanto, que esse grupo pode acabar apoiando algumas pautas governistas, apesar de ter potencial de causar “tumulto” na apreciação de projetos do Executivo. “Ainda haverá essa dissidência que sempre será contra o governo; apesar de minoritária dentro do centrão, criará bastante tumulto às pautas governistas.”

Nauê de Azevedo, advogado e cientista político, afirma que “o que vai definir se o Lula vai ter dificuldade ou não de governabilidade é a relação que ele vai estabelecer com parlamentares-chave que estarão na Câmara e no Senado. Na Câmara, destaco muito o relacionamento que ele vai precisar ter com Arthur Lira [atual presidente da casa legislativa], que hoje é um quadro muito poderoso lá dentro”.

“O Congresso pode estar mais à direita, tem perfis mais ‘estridentes’, mas não apresenta uma diferença extrema a ponto de dificultar ou impossibilitar completamente o diálogo do Lula. Mas, é claro, ele vai precisar ser muito objetivo, além de pensar e construir pautas de consenso para que o Congresso não atrapalhe o seu governo e não se torne um adversário de seu governo”, afirma o professor.

Em entrevista em 14 de outubro, Bolsonaro disse que Lula não teria governabilidade caso fosse eleito. “Na Câmara são uns 300 parlamentares mais à direita, que vão estar afinados e vão votar propostas que nós já discutimos”, afirmou.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), havia dito em 6 de outubro que o Congresso eleito seria uma “continuidade do governo Bolsonaro”. “Deixou uma mensagem muito forte para todos os brasileiros, da tendência do encaminhamento que a população quer para os próximos quatro anos: um Congresso de centro-direita, reformador e conservador, dando norte para o caminho que já está asfaltado”, afirmou.

Neste domingo, após a eleição de Lula, ele afirmou que “a vontade da maioria manifestada nas urnas jamais deverá ser contestada”.

No pronunciamento, o parlamentar disse que “as urnas já haviam falado em 2 de outubro passado [no primeiro turno], quando apontou que quer um Brasil no caminho das reformas, de um Estado menor e mais eficiente. Esse recado foi dado e deverá ser levado a sério”.

R7

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse estar dividido entre a alegria de chegar à Presidência pela terceira vez e a preocupação com a transição entre a gestão atual e seu futuro governo.

“Eu gostaria de estar só alegre. Mas eu estou metade alegre e metade preocupado, porque a partir de amanhã eu tenho que começar a me preocupar com como é que a gente vai governar esse país. Eu preciso saber se o presidente que nós derrotamos vai permitir que haja uma transição, para que a gente tome conhecimento das coisas”, disse.

Lula ainda falou sobre a escolha dos quadros que irão compor seu governo.

“Eu quero dizer para vocês que eu dois meses apenas, dois meses para montar o governo, para conhecer a máquina como está. E eu preciso escolher bem cada pessoa que vai participar da nova democratização do nosso país”, disse.

CNN Brasil

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito o 39º presidente da República neste domingo (30), na votação do segundo turno. Lula derrotou o presidente Jair Bolsonaro (PL), que buscava a reeleição. No Rio de Janeiro, no entanto, Bolsonaro ganhou em 72 dos 92 municípios do estado. Lula venceu em 20 cidades.

Na capital fluminense, a apuração ficou: Bolsonaro com 52,66% dos votos e Lula com 47,34%. A vizinha Niterói está na lista das cidades em que Lula venceu. Na cidade, o petista ganhou com 51,21% dos votos. Bolsonaro ficou com 48,79%.

As cidades do estado do Rio de Janeiro com o maior índice de votos em Jair Bolsonaro foram:

São José do Vale do Rio Preto – 78,15%
São Pedro da Aldeia – 72,13%
Iguaba Grande – 68,08%
Teresópolis – 67,93%
Araruama – 67,76%

Lula, por sua vez, teve o maior percentual de votos em:

Rio das Flores – 64,69%
Laje do Muriaé – 59,50%
Comendador Levy Gasparian – 58,88%
Valença – 57,36%
Carmo – 54,63%

Foto: Reprodução

No seu primeiro discurso como presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “ressuscitou” na política brasileira e que enfrentará “situação muito difícil” em seu novo mandato.

Foto: Reprodução Twitter

A coligação Brasil da Esperança, que representa o candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu à Justiça a prisão do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e de superintendentes regionais que não estejam cumprindo a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proibiu operações de blitze neste dia de eleições.

No Twitter, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, orientou a parlamentares da coligação que deem voz de prisão a agentes que descumpram a ordem judicial. “Peço aos parlamentares da nossa coligação que se dirijam aos locais das operações em seus estados e deem ordem de prisão aos policiais,inclusive PMs como no RJ”, publicou a dirigente.

Embora o TSE tenha vetado operações da PRF neste domingo para garantir o fluxo de eleitores, blitze são registradas especialmente no Nordeste, onde o Lula mostra força eleitoral. A coligação de Lula acionou o tribunal contra as operações e o ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte, determinou o fim imediato das atividades.

Entenda o caso

No sábado, 29, Moraes proibiu a PRF de realizar qualquer operação contra ônibus e veículos do transporte público, sob pena de crime, no dia do segundo turno das eleições. No entanto, há denúncias de que o órgão federal estaria concentrando operações no Nordeste e retendo veículos com a finalidade de atrasar os eleitores.

Neste domingo, o presidente do TSE determinou, por volta de 12h, que o diretor da PRF explique as razões de operações que vêm sendo denunciadas por eleitores nas redes sociais. Em uma ação impetrada no sábado no tribunal eleitoral, o PT afirmou que a Polícia Federal estaria planejando uma operação contra o partido.

No despacho, Moraes citou uma publicação que acusa a PRF de fazer uma blitz em Cuité (PB) que estaria impedindo os eleitores de votar. Em outro vídeo, o prefeito da cidade, Charles Camarense, disse ter recebido vários relatos de operações similares no Nordeste. Segundo ele, os atos parecem “orquestrados”.

O Estadão

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou, no início da tarde deste domingo (30/10), o segundo boletim do dia com dados sobre urnas eletrônicas substituídas devido a problemas de funcionamento neste segundo turno das eleições 2022.

De acordo com a Corte Eleitoral, 1.883 urnas eletrônicas tiveram de ser substituídas pelo país até as 11h30 deste domingo. O número representa 0,35% do total de urnas em funcionamento nas seções eleitorais, que são pouco mais de 472 mil.

No boletim anterior, o TSE havia informado a troca de 926 urnas.

A troca de urnas é um procedimento habitual nas eleições e, por precaução, todas as seções têm equipamentos de reserva — no total, são 64,9 mil.

Caso o problema que provocou a troca ocorra após o início da votação, os votos computados não são perdidos, mas transferidos para a urna substituta.

Nenhuma sessão está tendo de usar cédulas de papel e urnas de lona, que também ficam de reserva para o caso de problemas.

Metrópoles

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