A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), foi mesmo escanteada. Sua ausência do processo decisório do governo que ajudou a eleger tem chamado atenção da classe política de Brasília. Entre petistas circula uma história de que a decisão seria da primeira-dama Janja. Gleisi tenta mostrar serviço juntando-se ao baixo clero da esquerda para bater boca com a maioria conservadora da CPI do MST, onde é apenas suplente da comissão que investiga invasões criminosas.
SÓ NOS FACTOIDES
Gleisi já não é convidada para as decisões mais banais de governo. Sobra para ela a presença institucional em factoides no Planalto.
ESQUECERAM DE MIM
Ela foi ignorada, por exemplo, para a reunião que bateu o martelo de Cristiano Zanin como futuro ministro do Supremo.
SE VIRA, COMPANHEIRO
A presidente do PT tampouco foi acionada, nem se ofereceu, para defender o arcabouço fiscal de Fernando Haddad (Fazenda).
PRESSÃO
Chegaram a mais de 510 mil adesões o abaixo-assinado pela instauração da CPI do Abuso de Autoridade do STF e do TSE. A iniciativa é do Partido Novo e tem apoio de 147 dos 171 deputados necessários.
ARROGÂNCIA MACHUCA
Líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) admitiu outra dificuldade do governo Lula: os “chás de cadeira” que ministros de Lula aplicam em deputados, submetidos a extenuantes espera em antessalas.
QUEM MANDA?
Apesar de o coordenador Reginaldo Lopes (PT-MG) garantir votação da reforma tributária ainda em junho, o relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) diz que só haverá relatório quando definida a data para o plenário discutir.
DESGOVERNO
Líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (União-BA) não poupa críticas ao governo Lula. “A insatisfação é geral, todo os líderes reconhecem”. Disse também que a base lulista está “desgovernada”.