
Lula (PT) se reuniu fora da agenda com o presidente da Câmara, Hugo Motta, na terça (12), na pauta: Eduardo Bolsonaro (PL-SP), exilado nos Estados Unidos. O petista quer se livrar do rival e também do filho. O governo precisa culpar alguém pelo próprio fracasso, na crise com os EUA, e o escolhido foi o deputado, a quem Lula atribui o enorme prestígio de influenciar decisões do governo Trump. Assim, Eduardo virou o responsável pelas sanções a Alexandre de Moraes, a reunião cancelada de Haddad ou a proibição de Alexandre Padilha ir à Disney.
PROCURANTDO CULPADOS

Lula sabe que sua recusa negociar o tarifaço provocará graves danos ao Brasil, por isso tenta transferir responsabilidades.
É SÓ APRESENTAR
O afável Motta prometeu que encaminharia ao corregedor eventual denúncia contra Eduardo, o que foi imediatamente providenciada.
CUSTO ELEVADO
O presidente da Câmara advertiu que eventual processo contra o deputado tem chances limitadas e pode paralisar as votações.
PAGANDO PARA ADERIR
O PT vê em Hugo Motta desespero por ser “aceito” no Planalto e cobra um preço elevado, “provas de lealdade” como cassar Eduardo.
PT DESCONFIADO
Petistas que vivem em busca de inimigos imaginários para justificar o derretimento da popularidade de Lula, agora, desconfiam de Diego Coronel (PSD-BA), o corregedor da Câmara dos Deputados. O PT esperava fechar a semana já bem encaminhado o relatório contra os deputados que obstruíram a Mesa Diretora da Câmara, batendo à porta do Conselho de Ética. Acontece que Coronel sinalizou que pode usar o prazo que dispõe de até 45 dias. Foi aí que a coisa azedou.
BB SOB ATAQUE

A queda de 60% no lucro líquido do Banco do Brasil no 2º trimestre fez lembrar o aumento dos seus gastos inspirados em Janja, com viagens, patrocínios e eventos. O governo parece determinado a quebrar o BB.
NÃO TEM INFLUÊNCIA PARA ISSO

“Eduardo Bolsonaro não tem influência para reverter as tarifas impostas por Donald Trump”
Na realidade, essas medidas tarifárias foram motivadas pelas declarações do presidente Lula, que defende a redução do uso do dólar como referência no comércio global. O governo já foi alertado de que o Brasil não tem condições de cumprir os auxílios prometidos, muito menos de abrir mão de um parceiro comercial tão relevante como os Estados Unidos.
CRISE SEM PRESEDENTES

As tarifas de Donald Trump não afetaram apenas o Brasil. A questão é que o país parece ser o único a adotar uma postura conflituosa, enquanto nações como China e Índia, integrantes do BRICS, optaram por negociar com os Estados Unidos. Vale destacar que essas economias são mais robustas que a brasileira, mas reconhecem a importância do dólar para seus sistemas financeiros. Enquanto isso, o governo Lula parece conduzir o Brasil a um cenário de instabilidade, com riscos significativos de perda de empregos, consequência direta de posicionamentos considerados desalinhados com a realidade econômica.