Uma denúncia chegou ao blog do BG na manhã desta segunda-feira (28). Um ex-funcionário da empresa CLAREAR, que presta serviços ao IDEMA, alegou que sofreu perseguição até ser demitido. Segundo ele, tudo aconteceu porque o próprio não quis ser conivente com um ato ilícito, que consistia em desviar dinheiro para pagamento de um funcionário.
Confira a denúncia:
Me chamo Rui , sou ex-funcionário da empresa prestadora de serviços e mão de obra CLAREAR, tendo como local da tomação do serviço na APA de Genipabu ligado ao IDEMA.
Fato é que no dia 8 fevereiro de 2022, fui chamado a sede da empresa e lá me foi dito que ali estava sob acusação de ter agredido uma colega de trabalho no início do mês de dezembro de 2021, que conforme me passaram, aquela havia me acusado de agredi-la, sem qualquer prova, queixa criminal ou exame de corpo de delito, sendo dito pela preposta da empresa que a partir daquele momento eu estaria de Aviso Prévio.
Sem chance de me defender após cumprimento do Aviso fui demitido. Entendo que este fato entre outros fatos a mim atribuídos eram criados simplesmente por perseguições hierárquicas, que se deram sobre minha pessoa depois que o supervisor da empresa Clarear passou a me perseguir. Ele que se apresenta como crente, já que é membro da igreja Assembleia de Deus, sendo deste nexo indicado por um pastor que é ligado a um Deputado.
Em um determinado dia, o supervisor mandou um vigilante que lá prestava serviços, e se encontrava a três meses de salário atrasado, pegar dinheiro das entradas do parque que se encontrava guardado na gaveta da minha mesa, pois, era de minha responsabilidade guardar e prestar contas.
Não concordando com a determinação para praticar o ato ilícito, o vigilante comunicou a um dos diretores do Idema, , e ao gestor da APA (Área de Proteção Ambiental) , por fim, vindo a me comunicar também sobre o assunto.
Espantado com o comportamento do meu superior, e que aquela conduta poderia me dar além de justa causa, eu responder por furto, procurei imediatamente meus diretores os quais disseram que tomariam providências, porém espantosamente não as fizeram.
O dito supervisor que armou tudo, no local de trabalho se comporta como dono da APA (Área de Preservação), posto que era de praxe o supervisor levar as chaves da casa dos pesquisadores onde fica hospedado pesquisadores da UFRN, e de outros estados, para sua residência. Até chegar ao ponto de um vigilante comunicar que o supervisor chegou a entrar na casa e quase pegar uma das pesquisadoras se trocando.
O gesto foi informado que o supervisor estava levando as chaves para casa e usando material de uso exclusivo dos pesquisadores, atrapalhando e prejudicando as pesquisas e cuidados com animais, que lá estão aos cuidados do Estado.
Com todas essas informações repassadas para diretores do IDEMA, comecei a sofrer as perseguições, fato que se comprova quando fui falar sobre meu vale alimentação, com o dito supervisor , que falou não saber de nada, que estava tudo certo, continuei relatando que não estava correto e pedi pra ele falar com a chefe do contrato, quando ele me deu como resposta que a mesma não dava resposta a ele sobre esses problemas.
Indignado, procurei a gerente da empresa Clarear, relatando que o supervisor não havia entregue o cartão alimentação, quando mais tarde o cartão apareceu, deixando claro a intenção prejudicial sobre minha pessoa. Na sequência fui chamado pelo supervisor que falou que da próxima vez que eu falasse com a gerente eu levaria um suspensão.
Ato contínuo a chefe de contrato ( do Idema ou da Clarear? ) mandou uma mensagem de texto via Whatsapp dizendo que eu estava proibido de falar com a gerente da Clarear. Quando no dia 08 de fevereiro, recebi o comunicado de Aviso Prévio, e também fui transferido para outro local de trabalho e em seguida demitido.
Tudo isto por uma armação que inventaram e que não fiz. Acredito que tanto a direção do Idema, bem como o Governo do Estado que se diz dos trabalhadores, não procuraram resolver nem saber da verdade, sendo mais fácil punir uma pessoa honesta que não teve respeitado seu direito de contraditório e ampla defesa. Sendo mais fácil punir sem apurar os fatos.
E assim, injustiçado, acho que todo esse silêncio, omissão e negligência, se deu porque o supervisor é indicado de um Deputado estadual .
A Clarear demitiu alguns funcionários e ficou de pagar a rescisão dia 15 e não pagou, marcou para o dia 19 também não pagou, marcou para dia 22 também não pagou. Hoje já são 28 e nada. O que a Clarear diz é que o IDEMA não repassou o pagamento.
Entrei em contato com o IDEMA que falou que não é responsável por rescisão e que não tem nada a ver. Só queremos nossos direitos, já começo sentir dificuldades em casa e não tenho de onde tirar o sustento da minha família. Fica um jogo de empurra empurra entre a Clarear e o IDEMA.