O governo sinalizou ao Congresso um ajuste fiscal de aproximadamente 70 bilhões de reais entre os anos de 2025 e 2026. Em entrevista ao programa VEJA Mercado, o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, elogiou o tamanho do pacote e afirmou que o ajuste é “forte e robusto”, mas ainda insuficiente para controlar o crescimento da dívida a longo prazo.
O economista acredita a Previdência é uma das maiores vilãs do orçamento e que a discussão para uma nova reforma a partir de 2027 será inevitável. “A estabilização da dívida pública só acontece com um superávit de 2% do PIB, mas o governo está tendo dificuldade para zerar o déficit. Para os próximos anos, uma parte preocupante dos gastos é a Previdência. A reforma de 2019 ajudou a estancar o crescimento do déficit, mas o envelhecimento da população tende a piorar novamente o cenário. É um assunto que terá de ser encarado depois das eleições de 2026, não tem outra alternativa”, disse.
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