O presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou nesta terça, 19, haver um trio no Palácio do Planalto que exige dele paciência constante. Curiosamente, todos estão diretamente ligados ao petista, na administração de sua agenda e comunicação, com acesso direto ao seu gabinete.
“Você pensa que é fácil aturar o Pimenta na Secom, fácil de aturar o Stuckert, que é fácil de aturar o Marcola?”, indagou durante sua live semanal “Conversa com o presidente”. Mas também admitiu: “Agora, você pensa que é fácil eles me aturarem? Então, se eu não tiver paciência e me controlar, as coisas saem muito erradas”. Lula fez a declaração ao lado da primeira-dama Rosângela da Silva, que exibiu um sorriso.
Saiba quem compõe o trio que ‘não é fácil de aturar’ e seus cargos
O presidente se referiu às pessoas que mais têm proximidade com ele no dia a dia de trabalho. Marco Aurélio Santana Ribeiro, sempre chamado de Marcola, é seu chefe de gabinete. Segundo interlocutores do governo, é o único funcionário no Planalto que pode entrar na sala Lula sem bater. É quem cuida da agenda presidencial, dá conselhos e até atende o celular do petista.
Paulo Pimenta é ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom). Integra o núcleo duro do governo para orientação das declarações públicas e uso das redes sociais. Numa das manifestações recentes, por exemplo, afirmou que seus colegas na Esplanada dos Ministérios terão que intensificar seus esforços para lidar com a ausência de Flávio Dino, até então o representante mais forte do governo nos confrontos com o bolsonarismo.
Já Ricardo Stuckert é o fotógrafo oficial de Lula desde 2003. Atualmente comanda a Secretaria de Produção e Divulgação de Conteúdo Audiovisual da Presidência. Os bastidores palacianos guardam relatos de desentendimentos entre ele e a primeira-dama Janja. Em agosto, por exemplo, ela reclamou da “palidez” do vestido na foto oficial feita na posse do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin. Nos comentários, Janja disse: “Eu juro que meu vestido é um rosa bonito, não essa palidez”.
Coluna do Estadão