O assassinato de João Alberto Silveira Freitas, 40, homem negro espancado até a morte por seguranças em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre, gerou uma onda de indignação na capital gaúcha, em São Paulo, Brasília, Curitiba e no Rio de Janeiro, onde manifestações pelo Dia da Consciência Negra se tornaram protestos pela morte. Mas, para familiares e amigos de Beto ou Nego Beto, entidades políticas e sociais tentaram se apropriar do ato.
Thais Freitas, 22, filha mais velha de Beto, conta que viu pessoas distribuírem panfletos de políticos para os manifestantes. Durante o ato, entidades como a CUT e pessoas filiadas a partidos entoaram palavras de ordem contra o racismo e também contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Para o presidente da Liga Passo D Areia de Futebol e amigo de Beto, Paulão Paqueta, 50, que pediu para ter seu nome reproduzido dessa forma, o que aconteceu no protesto foi “absurdo”. Paqueta afirma que muitas vezes mal podia escutar a manifestação e as falas de familiares e amigos por causa de um carro de som que teria sido levado ao protesto por entidades políticas que ele não soube nomear.
Com informações da Folha de SP