Plugin que era usado para reproduzir vídeos e jogar games foi substituído por tecnologias mais leves e seguras ao longo dos últimos anos.
A Adobe irá bloquear a partir desta terça-feira (12) os conteúdos na web que são reproduzidos por meio do Flash Player, plugin usado para exibir vídeos e jogar games em navegadores de internet.
As animações serão substituídas por um gráfico que pode ser clicado para acessar uma página no site oficial informando sobre o fim da vida útil do produto.
A decisão faz parte de um cronograma de encerramento da extensão anunciado em 2017 pela Adobe, que é dona da tecnologia.
Adobe recomenda desinstalar Flash Player e confirma que conteúdo será bloqueado
A Adobe publicou uma nova página com informações sobre o “fim da vida” do Flash Player, um software responsável pela reprodução de animações e vídeos. Segundo a empresa, usuários devem desinstalar o programa até o dia 31 de dezembro de 2020.
Não adianta manter o software no computador: após essa data, a reprodução de conteúdos em Flash será bloqueada pelo próprio programa, segundo a empresa.
Quem optar por não desinstalar o programa imediatamente poderá receber um alerta nos próximos meses. A mensagem deve avisar sobre a data limite para a remoção do software.
Muitas instalações do Windows costumam vir acompanhadas do Flash Player para ser acionado dentro do Internet Explorer. O Chrome e o Edge incluem o Flash como parte de suas instalações, mas desativam o programa por padrão.
Plugin em desuso
O Flash foi muito usado por sites como YouTube e Facebook para transmitir conteúdo em vídeo, além de ter se transformado em uma plataforma para jogos.
Porém, a tecnologia caiu em desuso nos últimos anos, substituído por alternativas mais leves e seguras, como o HTML 5. Os próprios navegadores web incorporaram funcionalidades que faziam parte do Flash.
A decadência começou com o lançamento do iPhone, quando a Apple adotou uma postura inflexível para não incluir o Flash em seu celular.
Steve Jobs, então CEO da Apple, criticou o Flash por ser uma tecnologia fechada, incompatível com telas sensíveis a toques e prejudicial à autonomia da bateria dos smartphones. Ele publicou uma carta com “reflexões sobre o Flash” em abril de 2010.
O Flash continuou sendo usado nos computadores e até apareceu em alguns aparelhos com Android, mas uma série de vulnerabilidades de segurança, somado ao desenvolvimento da tecnologia HTML 5, fez com que ele fosse deixado de lado.
Fonte: G1