A polêmica do arroz negociado pelo Governo Lula voltou a ser destaque nesta terça-feira (11), em Brasília. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, pediu demissão do cargo e o Ministério suspendeu o processo de leilão do alimento, após graves denúncias de fraude. O caso foi destaque do Meio Dia RN, com o BG.
“Coloquei o cargo à disposição. Não tenho apego ao cargo”, disse Geller, que foi auxiliar também do Governo Dilma Rousseff. A demissão veio na esteira da revelação de que Robson França, ex-assessor e sócio de Geller, atuou como corretora em parte da venda. Segundo a CNN Brasil, pelas regras do mercado, a comissão de Neri Geller no negócio pode passar de R$ 5 milhões.
Junto ao anúncio, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) anunciaram o cancelamento do novo leilão do arroz. Um novo certame havia sido anunciado para as 36 mil toneladas restantes do alimento que não foram adquiridas no primeiro certame ocorrido na semana passada.
De acordo com os representantes do Governo, vai ser feita uma revisão dos mecanismos que foram estabelecidos para leilões com apoio da Advocacia Geral da União (AGU) e da Controladoria Geral da União (CGU).
Segundo o governo, outro certame deve ser feito após a verificação, com novos modelos para ter garantias de que vão contratar empresas com capacidade técnica financeira.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou, em coletiva de imprensa nesta terça, que a habilitação das empresas para participar do leilão era feita pelas Bolsas de Mercadorias e Cereais, e não pela Conab. De acordo com ele, o governo só soube quem disputou e quem venceu depois da realização do leilão.