março 29, 2024

O policial militar Hermano Mangabeira, 34 anos, que fez o próprio filho de 6 anos refém no dia 5 de setembro, foi indiciado pela Polícia Civil de Macaíba e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. Ele foi preso no dia 6. De acordo com polícia, a investigação dos fatos e as provas reunidas comprovaram o indiciamento do suspeito por seis crimes.

Hermano Mangabeira foi indiciado por: ameaça, sendo praticada duas vezes (contra a ex-companheira e contra o próprio filho); sequestro qualificado, por ter imposto grave sofrimento psíquico ao filho; receptação da arma de fogo; resistência, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo em local público; direção perigosa e descumprimento de medidas protetivas. Todos os crimes foram cometidos dentro da Lei Maria da Penha.

Os crimes aconteceram após os policiais fazem uma abordagem ao suspeito, no município de Macaíba, Região Metropolitana de Natal, devido ao descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência (MPU) existentes em favor de sua ex-companheira, além de crime de ameaça contra ela.

PM manteve filho refém por quatro horas em frente à igreja

Segundo a polícia, inicialmente a vítima havia procurado a delegacia, em Macaíba, para falar sobre o roubo de seu aparelho celular, atribuída ao suspeito. Após ele se recusar a devolver o objeto, a vítima desistiu de formalizar o procedimento. No entanto, ainda assim, Hermano Mangabeira ameaçou matar a ex-companheira, por isso os policiais civis saíram em diligência para prendê-lo.

De acordo com a polícia, o suspeito resistiu à prisão e fugiu em um veículo onde estava o filho de 6 anos. Durante a fuga, Hermano chegou a apontar uma arma de fogo para os policiais e para o próprio filho. Os policiais fizeram a contenção do veículo nas proximidades da Praça José da Penha, em Macaíba.

A partir daí o PM se sentou na frente da Igreja Nossa Senhora da Conceição mantendo o filho refém sob a mira de uma arma e começou a negociação acompanhada por policiais civis e militares, que resultou na rendição do agressor.

Na o dia 6 foi realizada a formalização da prisão em flagrante do suspeito, pelos crimes de ameaça contra a ex-companheira e o filho, sequestro qualificado, receptação (arma de fogo), resistência, porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo em local público, condução perigosa de veículo e descumprimento de medidas protetivas de urgência. Hermano Simplício já havia sido detido anteriormente por descumprir as medidas protetivas existentes em favor da vítima.

Nesta segunda-feira (16), o PM teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva e, atualmente, encontra-se custodiado pela Secretaria de Justiça, à disposição do Poder Judiciário. A Polícia Civil informou que a discussão quanto a sanidade mental do indiciado é questão discutida no âmbito do processo penal, não sendo possível sua análise na fase investigativa, a não ser quando já declarada pelo Poder Judiciário.

OP9

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