Geová César tinha 64 anos de idade — Foto: Divulgação
“Hoje [sexta-feira] é meu aniversário e eu estou sepultando meu pai”. A frase é do filho do comerciante Geová César Barbosa da Silva, de 64 anos, que foi morto a facadas nesta quinta-feira (13) em Natal. Ele preferiu não se identificar.
O comerciante foi velado e enterrado nesta sexta-feira (14) na capital potiguar, sob a comoção de amigos, familiares e colegas de trabalho, que fizeram a última despedida.
Geová trabalhava em uma loja de carros e estava sentado na calçada do estabelecimento quando foi esfaqueado no pescoço por um homem que passava pela rua na tarde de quinta. Ele morreu na hora.
O crime, segundo a Polícia Militar, foi cometido sem motivação. O criminoso foi preso em flagrante ao tentar fugir correndo do local.
O filho de Geová completou 39 anos de idade nesta sexta (14) e nunca imaginou passar o aniversário dessa forma. Durante o velório do pai, ele, que é policial militar, lamentou o fato de não ter conseguido protegê-lo do crime.
“Uma situação de revolta, impotência, que eu não pude fazer nada pelo meu pai. Sempre estou fazendo na minha profissão. E a parte mais importante da sociedade, que, pra mim, é a minha família, eu não pude estar presente nesse momento”, disse.
O rapaz se revoltou ainda com o fato de o suspeito de cometer o crime ter sido liberado em uma audiência de custódia dias antes. “Ele ceifou a vida do meu pai, acabaram os planos, acabou a minha vida”, disse.
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