Partido forte na Câmara, com 41 deputados cujos votos podem definir vitórias ou derrotas do governo, o Republicanos recebeu proposta concreta do presidente Lula (PT) em sua tentativa de cooptação dos partidos de centro para compor a base governista. Pela proposta, recusada sem hesitações pelo deputado Marcos Pereira (SP), presidente da sigla, o Republicanos ganharia o Ministério do Esporte para chamar de seu, de porteira fechada, e duas vice-presidências de bancos estatais.
BANCOS NA RODA
Para retomar as negociações com o Republicanos, Lula terá de melhorar sua oferta, que inclui vice-presidências do Banco do Brasil e da Caixa.
ACENO INSUFICIENTE
A proposta foi considerada “indigna” pela cúpula da sigla. Mas, mestre da negociação, Lula ainda espera comprar barato o apoio do Republicanos.
SEM POUPAR O BB
Lula ignorou conselhos para não incluir bancos na cooptação, sobretudo o BB, que ainda está no auge histórico do seu melhor desempenho.
NÃO PODE DAR CERTO
O oferecimento de ministérios de porteira fechada segue o velho estilo Lula, que resultou nos escândalos de corrupção Mensalão e Petrolão.
PODER SUPREMO
Diante de um Congresso de cócoras, o STF legislador está com a corda toda: em uma mesma semana, interferiu em temas do Legislativo para deliberar sobre descriminalização das drogas, marco temporal das terras indígenas e até redistribuição das vagas de deputados nos Estados.
CANETADA
O STF decidiu alterar o tamanho das bancadas estaduais na Câmara. Devem perder deputados Alagoas (1), Bahia (2), Paraíba (2), Pernambuco (1), Piauí (2), Rio de Janeiro (4) e Rio Grande do Sul (2).
CORPO A CORPO
Novo representante do MPF na “delegacia de polícia” do STF, o subprocurador-geral Humberto Jacques de Medeiros também integra o corpo docente do IDP, faculdade de Direito do ministro Gilmar Mendes.
Crise na Lacrolândia
Só nesta semana, com votos mais conservadores, Cristiano Zanin conseguiu irritar duas vezes a esquerda tacanha. Causou chiadeira o voto do ministro contra a descriminalização do porte da maconha.