CASSAÇÃO
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), “sentou praça” no Supremo Tribunal Federal tentando a “cassação” de sete deputados de maioria bolsonarista, segundo revelaram parlamentares ligados à polêmica. Quase conseguiu. A cassação era defendida por ministros como Alexandre de Moraes, adversário de Jair Bolsonaro. As razões de Alcolumbre eram paroquiais: queria exibir poder contra adversários políticos em seu Estado, o Amapá.
MÃO LAVA A OUTRA
A jogada era se credenciar junto a Lula, entregando-lhe quatro aliados na Câmara em troca do apoio oficial à sua ambição de presidir o Senado.
ALVOS POLÍTICOS
Alcolumbre queria entregar de bandeja a Lula cabeças como a de Sônia Waiãpi (PL), autêntica espinha de pirarucu atravessada na sua garganta.
EMBATE NO STF
Teve até bate-boca de Moraes com Barroso, mas prevaleceu a tese do presidente: os deputados haviam sido eleitos segundo regras vigentes.
MANDA QUEM QUER
O STF alterou as normas, novamente legislando sobre matéria pertinente ao Congresso, para redefinir o destino das “sobras eleitorais”.
SUSTO DE MENTIRINHA
Fernando Haddad (Fazenda) jurou que “assustaria” deputados a planilha precificando em R$17 bilhões a desoneração do setor de eventos. Mas os parlamentares tinham números que expuseram o levantamento fake.
BAJULADOR
O ministro Carlos Fávaro (Agricultura) tentou melhorar sua relação com o presidente Lula e os petistas, que sempre o encaram com desconfiança, e passou a bajular o MST, enfurecendo aqueles com os quais tem a obrigação de lidar: os agricultores, produtores e profissionais do campo de todo o Brasil. Ele fez declaração em defesa de “acabar” o que chamou de “preconceito” contra os bandoleiros amigos do alheio, que levam a vida invadindo propriedades privadas, além de promoverem vandalismo.
CRIME RELATIVIZADO
Em sua declaração que provocou revolta, Fávaro também revelou visão condescendente, relativizando o crime de invasão de propriedades.
‘LEGÍTIMO”
O ministro da Agricultura chegou a afirmar que o grupo seria “um movimento legítimo de sonho pela terra”.
QUE CPI?
Carlos Fávaro faz de conta que não tomou conhecimento das denúncias de crimes e exploração de assentados apuradas na CPI do MST.