Os quatro jovens que morreram dentro de uma BMW na rodoviária de Balneário Camboriú foram vítimas de asfixia por monóxido de carbono, concluiu a perícia das forças de segurança de Santa Catarina.
De acordo com a investigação, o vazamento do gás ocorreu por conta de modificações irregulares no sistema de escapamento do veículo de luxo. A suspeita levantada no dia das mortes, na manhã de 1° de janeiro, foi confirmada em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (12) pela Secretaria de Segurança Pública.
A conclusão da Polícia Científica foi obtida após a realização de 18 exames periciais no corpo das vítimas e no veículo. Além disso, foram ouvidas testemunhas, familiares e donos de oficinas mecânicas onde as customizações foram feitas.
O responsável por uma dessas oficinas, no interior de Minas Gerais, e três mecânicos, que serão interrogados na próxima semana, devem ser responsabilizados. “O inquérito aponta para o indiciamento deles por homicídio culposo, uma vez que foram os responsáveis pelas falhas e irregularidades encontradas”, afirmou o delegado Vicente Soares.
As perícias apontaram a substituição do catalisador, equipamento obrigatório para redução de poluentes, por um equipamento manufaturado, instalado de forma inadequada e com falhas na solda. Peritos constataram que esse equipamento, conhecido por ‘downpipe‘, rompeu-se, vasando o monóxido de carbono.