2023 - Informativo Atitude - Page 2

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A Justiça de São Paulo acatou uma denúncia feita pelo Ministério Público (MP-SP) contra Alexandre Correa, ex-marido da apresentadora Ana Hickmann, por “constrangimento contra criança”. Segundo a ação, o filho do casal, de 9 anos, também é vítima no caso de violência doméstica denunciado pela apresentadora.

Segundo o colunista Erlan Bastos, do Em Off, que teve acesso ao processo, a Justiça afirma que no dia das agressões de Alexandre contra Ana Hickmann, a criança estava presente no local e presenciou os atos de violência.

Em certo momento, o empresário deu um tapa na mesa, “o que atemorizou os presentes e submeteu [o filho] ao constrangimento”.

O documento ainda afirma que a criança tentou fazer com que o pai parasse com as agressões contra a mãe.

Assim, o MP-SP pediu que Alexandre seja denunciado e, posteriormente, condenado pelos crimes de lesão corporal contra mulher (artigo 129, parágrafo 13, do Código Penal) e por “submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame, ou ao constrangimento”, crime previsto no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Metrópoles

Após o ataque aéreo avassalador da Rússia contra a Ucrânia entre a noite de quinta-feira (28) e a manhã desta sexta-feira (29), as autoridades europeias prometeram apoiar a Ucrânia a longo prazo.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a União Europeia (UE) continuará a apoiar a Ucrânia “enquanto for necessário”.

“Apoiamos a Ucrânia desde o primeiro dia da guerra contra a Rússia. Com quase 85 bilhões de euros em apoio financeiro, humanitário e militar”, disse a presidente.

“Continuaremos apoiando a Ucrânia enquanto for necessário. E agora estamos abrindo a porta da UE ao nosso amigo e vizinho”, continuou von der Leyen.

O último pacote proposto de ajuda da UE à Ucrânia foi bloqueado pela Hungria no início deste mês, mas a maioria dos membros está explorando a utilização de diferentes mecanismos para continuar a prestar assistência financeira à Ucrânia.

Depois de uma reunião de cúpula da UE este mês, von der Leyen declarou: “Estamos trabalhando arduamente, claro, para obter um resultado onde haja um acordo entre os 27 Estados-membros”.

“Trabalho sobre alternativas potenciais” também estava em andamento caso não fosse possível alcançar a unanimidade, acrescentou ela.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, disse que os últimos ataques da Rússia à Ucrânia mostram que o presidente russo, Vladimir Putin, “não irá parar diante de nada” para alcançar o seu objetivo de “erradicar a liberdade e a democracia”.

“Não vamos deixá-lo vencer”, disse Sunak em uma postagem no X (antigo Twitter). “Devemos continuar a apoiar a Ucrânia – enquanto for necessário”, acrescentou.

Sunak estava respondendo a uma postagem no X do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na qual ele disse mais cedo que “a Rússia usou quase todo tipo de arma em seu arsenal” para lançar ataques, visando uma maternidade, instalações educacionais, um shopping center, edifícios residenciais, casas e outras estruturas.

Josep Borrell, alto representante da UE para os negócios estrangeiros e a política de segurança, repetiu que o bloco permanecerá ao lado da Ucrânia “enquanto for necessário”.

“Da noite para o dia, a Rússia lançou um dos maiores ataques desde a invasão à Ucrânia contra cidades e a população. Foi mais um ataque covarde e indiscriminado a escolas, a uma estação de metrô e a um hospital”, escreveu ele no X.

O Ministério francês da Europa e dos Negócios Estrangeiros condenou a “estratégia de terror da Rússia na Ucrânia”.

Num comunicado divulgado nesta sexta-feira, o ministério afirmou: “A Rússia está prosseguindo a sua estratégia de terror que visa destruir a infraestrutura civil ucraniana, a fim de minar a resiliência da população ucraniana neste segundo inverno do conflito”.

A França prometeu o seu apoio contínuo à Ucrânia, prometendo fornecer ao país devastado pela guerra “a assistência necessária para lhe permitir exercer a sua defesa legítima”.

O presidente da Moldávia, Maia Sandu, afirmou que o último ataque da Rússia à Ucrânia “ressalta a necessidade urgente” de reforçar as defesas aéreas da Ucrânia.

“Profundamente perturbado pelo ataque aéreo massivo da Rússia às cidades ucranianas hoje. Meus pensamentos estão com todos os afetados esta manhã e todos os dias desta guerra brutal”, disse Sandu em um post.

“A agressão de hoje sublinha a necessidade urgente de reforçar as capacidades de defesa aérea da Ucrânia para proteger vidas”, acrescentou.

CNN Brasil

 

Na manhã desta sexta-feira (29), um agente de Polícia Civil matou duas pessoas e depois tirou a própria vida na cidade de Florânia, cidade distante cerca de 230 km de Natal. As vítimas seria a ex-esposa do policial, e um amigo dela. De acordo com relatos, o atirador ainda chegou a ferir uma terceira pessoa, que foi socorrida ainda com vida.

Após matar a ex-companheira, o amigo e balear uma terceira pessoa, o APC Francisco Toscano tirou a própria vida também com um disparo de arma de fogo.

De acordo a Polícia Civil de Florânia, confirmou que Francisco Toscano, era policial civil em atuação no Município, e estava em expediente no momento do crime. Ele saiu da delegacia dizendo que ia a uma diligência, mas foi até a casa da ex-companheira, atirou contra ela e outras duas pessoas e depois tirou a própria vida.

Ainda de acordo com a PC, a ex-mulher de Francisco Toscano tinha uma medida protetiva contra o policial há mais de um ano, e ele era proibido de se aproximar ou manter contato com ela, bem como não podia portar arma em horário de folga, sendo permitido apenas no período em que estivesse de serviço.

Novo Notícias

PL (Partido Liberal), o PP (Partido Progressista) e o Republicanos apresentaram uma ação ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta-feira, 28, com o objetivo de assegurar a efetividade do projeto de lei que estabelece a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas. De acordo com essa tese, os indígenas só teriam direito às terras que estavam em sua posse até o dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época. No dia 14 deste mês, o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei que validou o marco temporal. A lei foi promulgada por Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, nesta quinta-feira, 28. Antes dessa decisão dos parlamentares, o Supremo já havia se posicionado contra o marco. Essa decisão da Corte foi utilizada pela equipe jurídica do Palácio do Planalto para justificar o veto presidencial.

Na ação encaminhada ao STF, os partidos argumentam que o Congresso exerceu sua competência legislativa ao validar o marco temporal. Segundo eles, em um contexto de discordância entre os poderes sobre um determinado conteúdo normativo, a palavra final em um regime democrático deve ser do Poder Legislativo, que é a verdadeira casa da democracia. O ministro Gilmar Mendes foi escolhido por meio de sorteio eletrônico para relatar a ação no Supremo Tribunal Federal. Não há um prazo definido para a decisão. Após a sessão do Congresso que derrubou o veto ao marco temporal, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) anunciou que irá protocolar uma ação no STF para garantir a prevalência do veto presidencial.

JOVEM PAN

O jornalista e empresário Thiago Rodrigues, de 34 anos, foi assassinado a tiros na madrugada desta quinta-feira (28) em Guarujá, no litoral de São Paulo. Ele era pré-candidato a prefeito na cidade pelo partido Rede Sustentabilidade.

O empresário foi alvejado com vários tiros na Rua Caraguatatuba, no bairro Paecara, no distrito de Vicente de Carvalho. No local, ele participava de uma confraternização. Thiago chegou a compartilhar imagens da festa nas redes sociais.

Segundo o boletim de ocorrência, Thiago estava na festa quando foi chamado para ir até a rua. Ele deixou a casa de eventos acompanhado de um amigo, ainda não identificado. Assim que chegou na via, um ciclista se aproximou dele e efetuou disparos.

O jornalista correu em direção à Rua Solemar, mas caiu durante o trajeto e o atirador foi até ele para atirar mais vezes. Em seguida, o criminoso fugiu em direção à Rua Luís Gama. Ele vestia uma máscara branca, um boné, camiseta e calça.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, Thiago tinha nove ferimentos de bala. Ele foi atingido no tórax e costas, além da perna e braço direito. No local do crime, foram localizados 13 estojos de munição calibre 9mm e dois projéteis deflagrados.

Na mesma rua, os policiais encontraram o carro da vítima com um pneu traseiro esvaziado. No entanto, não foi possível saber se o pneu perdeu a pressão, se foi esvaziado propositalmente ou se foi atingido por um disparo de arma de fogo.

A chave do veículo foi localizada no bolso da calça de Thiago. O carro passou por exames periciais. No porta-malas foi encontrado material da pré-campanha de Thiago, mas nada de ilícito foi constatado.

O carro e dois celulares da vítima foram apreendidos. O caso foi registrado como homicídio na Delegacia Sede de Guarujá, mas será investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios do Deic de Santos.

Com informações do G1

 

As medidas econômicas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, às vésperas da virada do ano, são positivas como estratégia para aumentar a receita do governo, mas geram incertezas para as empresas afetadas. Para economistas, as três propostas da equipe econômica para elevar a arrecadação e garantir o déficit zero também não garantem o cumprimento da meta fiscal em 2024.

O pacote anunciado nesta quinta-feira será enviado ao Congresso por meio de uma medida provisória (MP) ainda este ano, segundo Haddad. Como irão ao legislativo via MP, elas entram em vigor assim que forem publicadas, com prazo de 120 dias para serem votadas pelos parlamentares.

A economista Juliana Inhasz, professora da Insper, destaca que as medidas são positivas para reduzir distorções econômicas, mas lembra que o anúncio, no penúltimo dia útil do ano, aumenta o nível de incerteza do setor privado para o próximo ano, e pode gerar efeitos colaterais para os setores afetados, como redução dos investimentos e queda na empregabilidade:

O Globo

Foto: reprodução

O homem que teve o pênis cortado com uma navalha pela esposa em São Paulo disse, nesta última terça-feira (26), que a perdoa pelo ataque e considera adquirir uma prótese. A mutilação aconteceu na semana passada, após uma suposta traição do homem com a sobrinha de 15 anos da mulher. Após o incidente, a agressora se entregou espontaneamente à Polícia Civil e está sob prisão preventiva.

Em entrevista à TV Thathi de Campinas, o homem quebrou o silêncio sobre o caso e afirma que a esposa tem ciúmes doentio. Ele disse que foi atraído para casa na madrugada da última sexta-feira com promessas de uma noite romântica. Quando chegou, as luzes do quarto estavam apagadas e a mulher começou a acariciar seu pênis. Subitamente, ela cortou o membro com uma navalha e a vítima sentiu sangue escorrer pela virilha. O homem conseguiu afastar a agressora, que acendeu a luz, revelando a gravidade da situação.

“Tinha muito sangue e eu perguntava: ‘Por que você fez isso?’”, disse a vítima à TV paulista.

O primeiro instinto do homem foi entrar no carro para buscar assistência médica, mas a esposa havia escondido a chave. Sem opção, ele se enrolou em um cobertor e andou até um pronto-socorro. À polícia, a mulher narrou que jogou o pênis na privada e deu descarga para que seu marido não o reimplantasse.

O homem está se recuperando em casa e diz que sonha em voltar a trabalhar. Ele também quer encontrar uma prótese para compensar a falta do membro perdido.

Sobre a agressão, ele declarou que marcou sua vida negativamente para sempre, mas que, da parte dele, “ela está perdoada”.

O Globo

O clima entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era de festa. A oposição ao governo Lula (PT) no Senado se aproximava pela primeira vez da imposição de um revés ao STF (Supremo Tribunal Federal), tribunal que se tornara o principal algoz do bolsonarismo nos últimos anos.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no entanto, decidiu adiar a votação.

A oposição pouco protestou. Os defensores da proposta haviam identificado um fato novo, e o otimismo deu lugar à preocupação. Os ministros do Supremo tinham entrado em campo. Ligaram e mandaram mensagens para diversos senadores. Os recados velados foram muitos.

Os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, que têm bom trânsito entre os parlamentares, avisavam que a aprovação de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que proibia decisões individuaisna corte contra atos do presidente da República e de chefes do Congresso tinha potencial para mudar o humor do STF com o Senado.

No dia seguinte, 22 de novembro deste ano, porém, Pacheco e bolsonaristas recontaram os votos e decidiram enfrentar o Supremo. Por três votos além dos 49 necessários e graças a uma articulação com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), a matéria foi aprovada.

A derrota –e a reação– do STF deixaram clara a atuação cada vez mais política da corte, que, em tese, deveria apenas dar a palavra final sobre a interpretação dos dispositivos da Constituição.

A movimentação com viés político do Supremo já havia sido explicitada por Gilmar Mendes, o mais antigo membro da corte, no mês anterior. “Se hoje nós temos a eleição do presidente Lula, isso se deveu a uma decisão do Supremo Tribunal Federal”, afirmou em entrevista a jornalistas.

Ele se referia ao revés que o STF deu à Operação Lava Jato em 2021, quando anulou as sentenças e devolveu os direitos eleitorais do petista.

À época da reabilitação de Lula, Bolsonaro avançava com ataques contra o tribunal e seus ministros. A decisão do Supremo abriu o caminho para que Lula disputasse a eleição em 2023.

Em junho deste ano, após a derrota de Bolsonaro para Lula, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), comandado por Moraes, declarou o ex-presidente inelegível por oito anos.

Pouco antes de se tornar presidente da corte, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou “nós derrotamos o bolsonarismo” em um evento da UNE (União Nacional dos Estudantes). Mais tarde, disse que lamentava a fala e que se referia ao extremismo, e não a eleitores de Bolsonaro.

Foi este cenário que originou o sentimento de traição e a revolta do Supremo diante do voto de Jaques Wagner a favor da PEC no Senado. Os ministros se irritaram com a omissão do Palácio do Planalto no debate sobre o tema, que facilitou a aprovação da proposta, e cobraram Lula.

O próprio Wagner admitiu em entrevista à imprensa que recebeu um telefonema de Gilmar. “Recebi só uma ligação do ministro Gilmar. Óbvio que ele não estava satisfeito”, disse.

Após o voto de Wagner, o presidente Lula decidiu indicar para a PGR (Procuradoria-Geral da República) Paulo Gonet, o que foi visto como um movimento para agradar os ministros insatisfeitos.

Gonet é ex-sócio de Gilmar em uma universidade, e foi apadrinhado na indicação para a PGR tanto pelo decano do STF quanto por Alexandre de Moraes.

Mas outras decisões do Supremo também explicitaram o caráter político da corte e a tentativa de aproximação com o governo federal.

Com as polêmicas deste ano, a reprovação do Supremo subiu de 31%, em dezembro de 2022, para 38%, segundo pesquisa Datafolha feita no início deste mês, enquanto a aprovação caiu de 31% para 27% no mesmo intervalo de um ano.

Ao comentar a pesquisa, em evento no STF, Barroso disse que surpreendente seria se a corte fosse aprovada por todos, porque decide “as questões mais decisivas da sociedade brasileira” e está sempre desagradando a alguém.

O STF, porém, fez uma série de acenos para agradar ao governo neste ano.

Em setembro, ao anular provas oriundas dos acordos de leniência da Odebrecht, o ministro Dias Toffoli fez acenos a Lula, com quem havia se desgastado nos últimos anos, e disse que a prisão do petista foi uma armação e o “verdadeiro ovo da serpente dos ataques à democracia”.

Ele tentava se reaproximar do atual presidente da República. Toffoli foi indicado ao Supremo por Lula em 2009, quando era advogado-geral da União, e sempre foi um nome de confiança do PT.

Nos últimos anos, porém, manteve uma relação próxima com o ex-presidente Jair Bolsonaro e a br bolsonarista. Chegou a classificar o golpe militar de 1964 como um “movimento”.

O principal desgaste de Toffoli com Lula, porém, aconteceu quando ele impediu que o petista fosse ao velório do irmão enquanto estava preso em Curitiba.

Os ministros também fizeram movimentos para facilitar, no primeiro semestre, a indicação de Cristiano Zanin, que foi advogado de Lula na Lava Jato, ao assento que ficou vago com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski.

Assim que Lewandowski se aposentou, Dias Toffoli pediu para mudar da Primeira para a Segunda Turma da corte, retirando os casos da Lava Jato da rota do indicado do petista e evitando constrangimentos, uma vez que Zanin é um crítico declarado da operação.

O ministro Edson Fachin também agiu para criar um ambiente favorável à indicação de Zanin e evitar constrangimentos com a sua escolha. Ele fez isso ao enviar para Toffoli um recurso de Lula contra a Lava Jato.

A relação de ministros com parlamentares e presidentes não chega a ser uma novidade. O Supremo sempre teve integrantes, em maior ou menor grau, próximos do mundo político.

Mas o protagonismo do tribunal na política começou a ganhar corpo a partir do julgamento do mensalão, em 2012, e se consolidou.

Os ministros entendem as relações que constroem com o Executivo e o Legislativos como importantes para a atuação da corte. O próprio Barroso já disse em discurso após assumir a presidência que o tribunal vive um momento de “ascensão política e institucional”.

LINHA DO TEMPO EM 2023

  • Caminho para Zanin (2.mai) – Dias Toffoli e Fachin tomam decisões que ajudam a abrir caminho para a indicação de Zanin ao Supremo
  • Deltan cassado (16.mai) – O ex-procurador da Lava Jato e deputado Deltan Dallagnol é cassado pelo TSE. Após o voto do relator, os demais ministros votam em 1 minuto
  • Zanin indicado (1.jun) – Lula indica seu advogado e amigo pessoal Crisitano Zanin para a vaga de Ricardo Lewandowski no STF
  • Bolsonaro inelegível (30.jun) – TSE torna Bolsonaro inelegível por oito anos
  • Barroso ataca bolsonarismo (13.jul) – Em discurso no Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), Barroso diz: “Nós derrotamos o bolsonarismo”
  • Toffoli afaga Lula (6.set) – Dias Toffoli anula provas da delação da Odebrecht e usa decisão para afagar Lula, de quem está afastado
  • Senado aprova PEC (22.nov) – Senado aprova PEC que limita decisões individuais de ministros, e parte do STF reage com críticas e articulações
  • Dino indicado (27.nov) – Lula indica Flávio Dino, ministro da Justiça do seu governo, para o STF, e Paulo Gonet, ligado a Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, para a PGR

Folha de São Paulo

ENCERRADO O PRIMEIRO ANO DE SEU TERCEIRO MANDATO, LULA SE LIMITA A REPETIR O QUE FEZ NOS MANDATOS ANTERIORES, SEM DEIXAR CLARO O QUE PRETENDE PARA O FUTURO E SEM REDUZIR TENSÃO POLÍTICA

O presidente Lula da Silva voltou ao Palácio do Planalto em 2023 sem grandes expectativas, pois afinal não se elegeu em razão de ideias novas e projetos ousados, e sim porque a rejeição ao então presidente Jair Bolsonaro provou ser maior que a sua. Sua vitória dizia mais respeito ao passado do que ao futuro: foi uma espetacular volta por cima, depois de anos de escândalos de corrupção que culminaram com sua prisão – revertida não porque sua inocência tenha sido comprovada, mas por vícios processuais – e quando ainda estava fresca na memória nacional a tragédia do governo de Dilma Rousseff, criatura de Lula. Não é pouca coisa.

Ainda assim, cobrado insistentemente durante a campanha sobre o que pretendia fazer caso fosse eleito, Lula limitou-se a dizer que estava ali, sobretudo, para “salvar a democracia”. Uma vez salva a democracia, obviamente não por méritos de Lula, e sim porque as instituições republicanas resistiram ao assalto bolsonarista, restou um governo eleito sem projeto definido.

Ao final do primeiro ano, período em que normalmente os presidente dizem a que vieram, a malaise é evidente, e mesmo em áreas nas quais o governo mostrou empenho genuíno, como na Fazenda ou nas Relações Exteriores, os resultados foram relativamente frustrantes.

Ao mesmo tempo que tratou de restaurar a imagem internacional do Brasil, transformado em orgulhoso pária por Bolsonaro, Lula não aproveitou todo o capital político que o País tem por sua natural liderança na área ambiental, preferindo meter-se em querelas nas quais a diplomacia brasileira, por mais habilidosa que seja, não tinha capacidade nenhuma de interferir. Ademais, alinhou o Brasil a blocos claramente enviesados contra o Ocidente, particularmente os EUA. O tal “Sul Global” de que Lula tanto fala nada mais é do que o nome fantasia do quintal chinês, onde o Brasil é mero vassalo dos interesses de Pequim.

Na Fazenda, destaque-se, por justiça, o trabalho do ministro Fernando Haddad, que em vários momentos conseguiu dobrar um Congresso fortemente hostil ao PT, ajudando a encaminhar a reforma tributária. E mostrou sangue-frio ao enfrentar o “fogo amigo” do próprio PT e do presidente. Ou seja, Haddad fez da Fazenda uma ilha de bom senso cercada de tubarões petistas por todos os lados, mas há dúvidas razoáveis sobre sua capacidade de resistir a esse cerco por mais três anos, nos quais haverá duas eleições – e todos sabem o que os governos petistas são capazes de fazer para vencê-las.

Lula retornou ao poder embevecido pela própria glória, com a autodeclarada aura de ser uma “ideia” – para usar a expressão com que se definiu no discurso que fez antes de ir para a prisão, em abril de 2018. O petista segue a cartilha dos líderes que só conseguem enxergar as próprias virtudes, e não raro transfere para ministros a responsabilidade pela ausência de grandes feitos. Ele ainda parece trabalhar como se tivesse ganhado a eleição muito mais para impedir que Bolsonaro vencesse do que para governar. Sobram-lhe planos, retóricas e simbologias. Faltam-lhe projetos compatíveis com os desafios de um Brasil hoje distante de 2002 ou de 2010.

Num país que saiu das urnas cindido, Lula tinha o dever de articular um processo de união e de reconstrução nacional, como, aliás, prometeu. Mas, fiel à sua natureza sindical, optou por continuar a ser uma fonte permanente de divisões. É cansativo.

Mas ano novo é tempo de esperança, então não custa nada esperar que Lula demonstre que não venceu a eleição só para desmoralizar o juiz que mandou prendê-lo. O tempo é para o atual governo tanto um apoio quanto ameaça. Drummond chamou de genial “quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano”. Ao fazer isso, disse, “industrializou a esperança”, pois 12 meses são suficientes para cansar qualquer ser humano. Mas aí, lembra Drummond, “entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez (…) com outra vontade de acreditar que daqui pra adiante vai ser diferente”. Nada mais longe da poesia do que a política, mas Lula conhece não só o poder da esperança, como também a força demolidora do desencanto.

Opinião do Estadão

Policiais civis da 85ª Delegacia de João Câmara, em ação conjunta com a 24ª Delegacia de Polícia de São José de Mipibu, deram cumprimento, nesta quarta-feira (27), a um mandado de prisão definitiva em desfavor de uma mulher, de 30 anos, no bairro Pau Brasil, no município de São José de Mipibu/RN.

A mulher era considerada fugitiva da Justiça pela prática do crime de tortura contra a própria filha, uma criança de um ano e dois meses, fato ocorrido em 2017, no município de João Câmara/RN.

A Polícia Civil solicita que a população envie informações, através do telefone 181, de forma anônima, como forma de auxiliar nas investigações.

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